Impermeabilizar protegendo o concreto armado e, preferencialmente,
ainda lhe conferindo alguma capacidade de isolamento térmico
São impermeabilizações baseadas em produtos químicos de naturezas diversas que podem fazer parte das estruturas de concreto armado (por ocasião de sua mistura), ou utilizados em argamassas de tratamentos superficiais (tratamentos posteriores às concretagens), ou ainda pulverizadas posteriormente às curas das argamassas e/ou dos concretos.
Sua propriedade básica consiste em obturar os poros e capilares destas superfícies criando cristais por ocasião das reações químicas. Tratam-se de impermeabilizações próprias para estruturas estáveis e em regiões de pouca oscilação de temperatura e umidade, posto que os processos de movimentações das estruturas e argamassas, regra geral, ao longo do tempo, geram fissuras superficiais que podem vir a comprometer a estanqueidade a curto prazo: note que os cristais são elementos rígidos.
Utilizadas em tratamentos superficiais das estruturas de concreto e/ou argamassas. São apresentadas sob as formas de emulsões (para moldagem in loco) e mantas soldáveis (asfálticas e butílicas).
Excetuando-se os casos específicos de resinas acrílicas termoplásticas, as demais requerem proteção adequada a qualquer tipo de tráfego em função de possíveis perfurações, de fadiga, bem como oscilações de umidade e temperatura (perda de elasticidade e consequente rompimento das membranas ou descolamentos das soldagens).
Em princípio podem ser utilizadas em qualquer tipo de clima, com melhores resultados nas regiões de pouca oscilação de umidade e temperatura.
Sabidamente os silicatos reagem com o cálcio dos cimentos e formam cristais, obturando os poros, capilares e microfissuras dos concretos. E considerando que os cristais são rígidos, remetem-se então às impermeabilizações do tipo rígidas.
Nas impermeabilizações de nova geração esses silicatos são modificados por diversos processos, conferindo-lhes alguma flexibilidade, suficiente para acompanharem as pequenas deformações estruturais.
Passam a reunir então as qualidades dos dois tipos anteriormente citados numa única tecnologia, sem a necessidade de qualquer tipo de proteção (estão incorporadas ao concreto) e sem a preocupação com as possíveis novas micro fissuras superficiais (exclusive trincas estruturais), posto que a massa complexa decorrente das reações químicas é re-hidratável, ocupando continuadamente as novas micro fissuras decorrentes de deformações estruturais.
Os simples tamponamentos rígidos característicos de impermeabilizações negativas não consistem em soluções, mas sim em paliativos: a água, via capilares e/ou microfissuras da estrutura, busca novos caminhos. E não somente isso: a armadura do concreto fica à mercê da oxidação, que fatalmente virá a comprometer a estabilidade estrutural ao longo do tempo.
Os procedimentos convencionais de exposição da face externa de uma cortina via desaterro para correções e posteriores aterros, são regra geral muito caros e traumáticos, principalmente no caso de edifícios já habitados. E quando a impermeabilização original foi executada segundo membranas flexíveis de qualquer natureza, a aderência de uma nova membrana à antiga é sempre deficitária, fato esse que, na maioria dos casos, obriga a uma re-impermeabilização geral da cortina.
Nos últimos anos, muitas indústrias químicas do ramo, em todo o mundo, têm pesquisado soluções consistentes para a questão. O caminho adotado tem sido a obturação dos capilares do concreto, no sentido contrário ao do fluxo da água, por osmose. E funciona mesmo: uns mais e outros menos. Eliminam-se então, na grande maioria dos casos, os procedimentos citados no parágrafo anterior.
A Khapa desenvolveu tecnologia própria para eliminação do problema, cujo sistema denominamos de “drenagem de profundidade”. Mas a questão requer análise prévia caso a caso, segundo cada projeto arquitetônico, seus elementos construtivos adotados, a topografia da área e o regime pluviométrico. Estas variáveis são vitais para o dimensionamento de cada sistema.
Os rebocos das paredes perimétricas são os primeiros a serem danificados, em ambas as faces, seguindo-se os rebocos das paredes internas e até mesmo os pisos internos da edificação.
Os sistemas de drenagens superficiais, com manilhas perfuradas, não são eficientes nesses casos.
O problema se agrava para as regiões onde o lençol freático sobe, e até mesmo aflora, nos períodos chuvosos.
Esta tecnologia consiste num misto de drenagem superficial, com impermeabilizações parciais de rebocos externos e a drenagem de profundidade propriamente dita, conforme canaletas moldadas no próprio terreno, com fustes nas suas bases (afastamentos relativos, diâmetros e profundidades passiveis de serem calculados com as variáveis citadas acima), e preenchimento com pedra britada e feltros apropriados conforme for o caso.
ARQUITETURA
CONFORTO ACÚSTICO
CONFORTO TÉRMICO
IMPERMEABILIZAÇÃO