Quando do projeto arquitetônico, além da função básica a que se destina, são elementos primeiros a serem considerados sua orientação solar e o direcionamento dos ventos dominantes.
Somando-se a esse contexto o conhecimento dos princípios básicos de irradiação/transmissão de calor, dos brises solares promovendo sombras nas fachadas, da ventilação natural e do comportamento térmico dos diversos materiais de construção aplicáveis a cada caso (inércia térmica e dilatação térmica), reunimos então o conjunto necessário de informações para providências adequadas ao conforto térmico dos edifícios.
A Khapa desenvolve propostas técnico/plásticas próprias com base nestes conceitos.
Como autores de um projeto arquitetônico particular, as questões de conforto ambiental tornaram-se parte do contexto.
Como consultores, temos de orientar adequadamente os nossos clientes a alcançar os melhores resultados.
A criação de colchões de ar ventilados entre duas superfícies, em que uma delas esteja exposta à algum tipo de energia térmica, consiste em artifício arquitetônico muito eficiente para a promoção de isolamento térmico de fachadas, esquadrias e coberturas de qualquer natureza.
Quando a primeira superfície permite a transferência da energia térmica recebida para o colchão de ar, esta energia, antes de atingir a segunda superfície, se dissipa no ar em renovação que, no seu processo de convecção natural por diferença de pressão, minimiza os efeitos da irradiação sobre a segunda superfície.
A garantia de ventilação entre essas superfícies é obtida com base em um dimensionamento e posicionamento corretos das aberturas de tomada e de saída de ar, dimensionadas com base no volume dessa massa de ar, diferença de altura entre as aberturas, velocidade de fluxo e vazão, tudo a título de se permitir o fluxo perene do ar que, independentemente de qualquer outra variável, busca as regiões de menor pressão.
Em regiões de oscilação de temperatura ao longo do ano, cabe a adoção de artifícios reguladores (venezianas móveis, por exemplo) junto às aberturas de tomada de ar. Iguais procedimentos cabem para as regiões de clima frio, só que induzindo a circulação da massa de ar aquecida (internamente) dos ambientes.
O ar, assim como qualquer gás quando aquecido, mantém a sua massa mas aumenta seu volume. Torna-se menos denso. Em compartimentos fechados então, o ar quente busca as regiões mais altas, e o ar frio as mais baixas.
Este é o princípio básico da convecção natural do ar por diferença de pressão. Não requer a utilização de qualquer equipamento mecânico ou eletro-mecânico se adequadamente dimensionada.
E mais: para volumes e necessidades iguais, quanto maior for a diferença de altura entre a tomada do ar externo e a sua saída, menores aberturas efetivas de ventilação são requeridas.
Na hipótese de combinação de ventilação natural de um ambiente com seu isolamento acústico, atenuadores de ruído devem ser instalados nas aberturas requeridas.
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