Acústica de Ambientes

Melhoria da audibilidade interna dos ambientes

ACÚSTICA ARQUITETÔNICA DE AMBIENTES

Acústica, aplicada à arquitetura é, em princípio, conhecimento de causa.

Os conhecimentos das leis da natureza e da física em especial permitiram, ao longo da história da humanidade, a criação do teatro grego, das arenas romanas, dos grandes e magníficos teatros europeus dos séculos XVIII e XIX, e tantos outros grandes exemplos, todos em perfeito funcionamento até os dias de hoje, sem necessariamente requererem o uso da eletroacústica, até mesmo porque não existia a eletricidade naqueles tempos, bem como dos revestimentos taxados como acústicos nos dias de hoje porque também não existia uma indústria na forma que temos hoje. Digo taxados como acústicos porque tudo na natureza tem propriedades acústicas, sendo então a colocação “materiais acústicos” uma redundância.

Nada contra a eletricidade e/ou contra a indústria de materiais (taxados como acústicos), posto que os mesmos significam avanços necessários de tecnologias. Mas, principalmente no que diz respeito aos materiais, deve-se tomar cuidados especiais quanto às suas aplicações posto que, muitas vezes, têm sido adotados de maneiras aleatórias, visando exclusivamente o aspecto plástico e esquecido do aspecto técnico.

Considerando que em acústica arquitetônica de um recinto a premissa básica é ouvir bem, chamamos a atenção para três providências também básicas no estudo acústico arquitetônico do mesmo:

  1. Condicionamento acústico via geometria interna:

A boa geometria interna de um recinto responde por não menos que 80% da sua boa audibilidade interna, tais quais os exemplos citados anteriormente: o teatro grego, as arenas romanas, os teatros dos séculos XVIII e XIX, etc., sempre focando na função a que o recinto se destina. Vide exemplos abaixo:

  1. Condicionamento acústico via revestimentos, etc.:

A complementação (os outros 20%) ou possíveis correções de desvios para uma boa audibilidade interna se dá com a adoção equilibrada dos vários revestimentos internos do recinto, do seu mobiliário e fundamentalmente com base na flutuação da sua taxa de ocupação (um mesmo ambiente pode estar lotado ou semi-ocupado, e como o corpo humano também é um “material acústico”, interfere na regulação do tempo de reverberação do recinto). E este tempo de reverberação está diretamente ligado ao volume e à destinação específica do recinto, sendo representado matematicamente pela equação: Tr = (0,161 x V) / ΣSi x αi, onde V é o volume interno do recinto, Si é a área de uma determinada superfície interna do recinto e αi é o coeficiente de absorção acústica da mesma superfície considerada. E tudo isso considerando as frequências baixas, as médias e as altas. Vide exemplos abaixo:

  1. Isolamento acústico:

Isolar acusticamente um recinto se dá, basicamente, com o aumento necessário das massas dos materiais componentes do seu invólucro e das espessuras das superfícies desse invólucro (quanto mais espessa a superfície composta por um mesmo material, maior o seu isolamento acústico às baixas frequências).

O isolamento acústico de um recinto tem duas funções básicas:

  1. Bloquear ruídos externos nocivos que prejudiquem a boa audibilidade interna de um recinto;
  2. Bloquear os ruídos internos no que diz respeito a garantir o sossego público ou a boa audibilidade interna de recintos contíguos.

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